A importância do hábito da leitura: diversos aspectos positivos!
A leitura é básica para praticamente toda e qualquer atividade intelectual do ser humano. Mesmo sem atentarmos fazemos diversos tipos de leitura durante nosso dia a dia. Quando acordamos, usando o despertador, entendemos quando ouvimos tocar que é hora de levantar. Através da audição escutamos o som, por meio da visão confirmamos o que é e que devemos levantar. Através da nossa prática percebemos que é um despertador e que foi por nós programado para desempenhar aquela tarefa. Todos esses passos são, na verdade, tipos de leitura. Portanto falar de leitura é falar de nosso cotidiano e por isso mesmo isso se justifica. Mas o conceito de leitura abordado neste trabalho, conforme já dito anteriormente, é mais específico. Acontece que a leitura de materiais impressos é uma importantíssima ferramenta de acúmulo de conhecimentos. Isso contribui decisivamente para que possamos compreender o mundo a nossa volta, nos contextualizar na sociedade. Essa talvez seja a principal função dela. Desta maneira, a leitura nos permite refletir sobre situações e conflitos que acontecem cotidianamente, nos permite – com o seu acúmulo - a reflexão sobre nossa vida e sobre o mundo a nossa volta.
Por meio da leitura, não é preciso vivenciar determinada situação, ao ler somos levados a conhecer lugares distantes e passar por situações muitas vezes fora da nossa realidade. Ela nos permite ir a lugares em que nunca teríamos oportunidade de estarmos, conhecer tudo, até o que não existe (ficção). Ela permite que nos tornemos emancipados e estimula nossos sentidos. A leitura associada a crítica da realidade social do indivíduo se torna uma poderosa forma de enfrentamento desta condição, sendo este o primeiro passo para mudar o que não está certo. Paulo Freire (1989), defende que a leitura crítica da realidade juntamente com o processo de alfabetização do indivíduo e associada a práticas de mobilização
e organização cria um instrumento poderoso de resistência social.
O Estado, na figura do Governo Federal consegue ingressar atualmente quase 100% das crianças entre 7 e 14 anos na escola, porém talvez mais da metade delas são consideradas analfabetas funcionais. Por meio de ações articuladas, através de programas de leitura é possível qualificar esses primeiros anos de formação e formar jovens leitores. Através da prática da leitura nos primeiros anos escolares os alunos melhoram seu rendimento para o resto de suas vidas escolares. As crianças e os jovens analfabetos funcionais, no futuro serão adultos com problemas de empregabilidade o que pode acarretar graves problemas sociais (principalmente entre os mais pobres).
Além disso, analfabetos funcionais, quando empregados, interferem negativamente na produtividade das empresas em que trabalham conforme propõe Nascimento (2009). Por mais intangíveis que possam ser as perdas para uma empresa ou organização é nítida essa consequência porque a mão de obra é um dos fatores mais relevantes na cadeia de custos de produção.
Vivemos o período em que a informação é fundamental (chamada era da informação) onde um grande volume de informações nos atinge como uma verdadeira enxurrada. Através do aumento no volume de publicações (impressas ou não) temos acesso a muitas informações e para podermos utilizá-las precisamos dominar as ferramentas básicas da leitura. As produções científicas / acadêmicas, assim como as de literatura /ficção entre outras formas tem sido cada vez mais jogadas. Nesse contexto, saber ler, ou melhor, ter o hábito da leitura incorporado em seu dia a dia configura um comportamento fundamental. Não apenas para profissionais de áreas de forte desenvolvimento como é o caso da Ciência da Informação, Informática, Medicina, entre outros, existe a necessidade latente de sempre buscar conhecimento e atualização.
Historicamente a leitura no Brasil é tratada com desprezo pelos governantes. Diversos problemas decorrem da falta de políticas públicas nesta área. Temos como resultados péssimos índices na educação e em outros indicadores sociais que na realidade estão correlacionados. Os dados comprovam isso, pois mesmo com reduções anuais ainda temos em torno de 8,3% de analfabetos (acima dos 15 anos) ou 12,9 milhões segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013. Além deste, temos outros tantos números adversos. Esses dados sobre analfabetismo funcional no Brasil já são justificativas bastante relevantes para a necessidade do desenvolvimento e aprimoramento das políticas públicas para incentivo à leitura.
Ainda segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional, os índices de alfabetizados em nível pleno no Brasil tiveram ligeira queda. Mostra que as políticas públicas para essa área não estão conseguindo reverter essa condição. Por mais que o índice de analfabetos funcionais sofreu pequena redução. Essas ações governamentais devem atingir os primeiros anos da vida escolar porque é ai que os problemas começam a surgir e é onde devem ser resolvidos.
Finalizando os argumentos sobre a importância da leitura, devemos destacar novamente a necessidade dos mecanismos para a popularização das práticas da leitura. Para a disseminação do hábito da leitura não basta o reconhecimento sobre as vantagens da leitura na formação de cidadãos capazes de se inserir na sociedade moderna e sim esforços governamentais sincronizados.



